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Rejeição ao governo Milei alcança nível recorde, aponta consultoria

  • ucivaldomatias
  • 23 de mar.
  • 2 min de leitura
O ultradireitista Javier Milei é rejeitado por quase dois terços dos argentinos
O ultradireitista Javier Milei é rejeitado por quase dois terços dos argentinos

Rejeição ao governo Milei atinge 58% em meio a crise econômica e insegurança, aponta pesquisa


A rejeição ao governo do presidente argentino Javier Milei atingiu um patamar alarmante, com 58% da população declarando-se contra sua gestão, segundo pesquisa da consultora Zuban Córdoba, divulgada neste domingo (23) pelo canal C5N.


O levantamento revela um cenário de desgaste crescente da administração anarco-capitalista, em um momento de forte tensão social, repressão institucional e incerteza econômica.


De acordo com Gustavo Córdoba, diretor da consultora responsável pela pesquisa, o governo Milei mantém apenas 41% de aprovação. Para ele, os dados refletem uma conjuntura “dramática”, agravada por dois fatores centrais: a crise econômica e o aumento da insegurança.


"A economia não melhora, os rendimentos da população seguem em queda e o poder de compra não se recupera", analisou Córdoba.


Insegurança e repressão elevam tensão social


Além da crise econômica persistente, a insegurança tornou-se uma das principais preocupações dos argentinos, rivalizando até mesmo com a inflação.


Segundo especialistas, o governo tem discursado sobre o tema, mas sem implementar políticas eficazes.


A repressão violenta durante os protestos contra a chamada Lei Ómnibus — proposta que concentra amplos poderes no Executivo — também aumentou o mal-estar popular.


As cenas de violência no Congresso Nacional foram amplamente repercutidas nas redes sociais e na imprensa internacional, intensificando as críticas ao estilo de governar de Milei, que vem sendo acusado de autoritarismo.


Fragilidade econômica e desafios com o FMI


No campo econômico, o governo enfrenta desafios estruturais significativos.


As negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) expõem dificuldades na sustentação do atual modelo cambial.


O economista-chefe da Fundação FIEL, Daniel Artana, alertou que, mesmo com um novo desembolso do FMI, será inevitável uma correção no atraso cambial.


"Os recursos do FMI não serão suficientes para manter o atual modelo indefinidamente. A correção virá, e com um acordo poderá ser feita de forma mais ordenada, mas será inevitável", afirmou Artana.


A recente valorização do dólar no mercado paralelo foi classificada pelo economista como um “chispazo” — um estopim — que pode se repetir devido à fragilidade cambial.


"Quando a diferença entre os câmbios se amplia, as pessoas tentam se proteger, o que gera um efeito em cadeia e aumenta a pressão sobre as reservas do Banco Central", explicou Artana.


Diante desse cenário de instabilidade econômica e social, a popularidade de Milei segue em declínio, refletindo o descontentamento crescente da população argentina com sua gestão.

 
 
 

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